O soneto sem compasso
Faz errar o passo. O que faço?
Do mundo, me desnudo
Grito e ninguém ouve, mudo
A gritaria oriunda dos pensamentos
Tormentos na mente que mente
Que engana que afana a realidade
Faz surgir ilusões, ainda que pela metade
Na humildade de não ser ,
Um distinto ser
Deixo viver, quem vier
Deixo chamar , quem quer estar
Na ciranda de emoções
Coração,uma toca de leões
Sentimentos soltos ao léu
Boca e palavras de fel
Do amargo da existência
Solidão da onisciência
Passos apertados
Movimentos encurralados
Quer agora romper correntes
O sangue quente, sente
Que ali há vida que sobrevive
Sorte! Levantar-se e escapar da morte
domingo, 19 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
O tempo do momento
O tempo do banho, da refeição
Pode ser o tempo do padre e seu sermão
Do poeta, da sua pena e papel na mão
Curto, intenso e cheio de imaginação
Solidão que outrora conforta
Hoje caminha junto a um escorpião
Que entra devagar pela porta
Curioso, intenso, buscando tradução
Papo avulso e descobertas
Que não faz esse menino?
Passa o dia tentando entrar
Forçando portas, pouco alerta
As feridas não estão mais abertas
É verdade, o tempo cura
Agora, é deixar os dias passarem
E viver noites de loucura
sexta-feira, 10 de julho de 2009
A verdade da caminhada
Sobre tudo a minha volta
Descobri que não importa
O número da porta que eu vá entrar
Pois, o que me incomoda
Não encontro aqui fora...
Mas, sinto que depois da porta
De uma vida sem paredes
Cheias de janelas
Onde posso ter
O aroma que quiser
Há lá dentro um jardim
Mil flores exalando
Jogando no ar o aroma
Que habita em mim
Esses diversos cheiros
Jogados como plumas ao ar
Deixam claro que
Sou como pássaro
Decido na hora onde vou pousar
Não importa a pena, a pétala ou a flor
Desse mundo, sei que sou aprendiz
Andarei muito sob sol, calor
E conseguirei com muita coragem, ardiz
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Filho da Sociedade dos Poetas Mortos
Foi na infância que o conheci
Ele tinha sagacidade e sonhos
Lutava pela liberdade e
Muito mais pelos amigos
Corriam no breu
Na neblina camuflavam,
O coração disparado
Pelo amor a poesia
Entrando na caverna ás escuras
Com o restante da sociedade
Que por um professor
Todos fizeram parte
Argumentavam
Junto as paredes de pedra,
Sonhavam...
Poemas declamavam
Ali, Nuwanda nasceu
A prosa da juventude conheceu
A essência sugada
E sua vida dentro de nós eternizada.
* Para quem não sabe:
Nuwanda foi um personagem do filme A Sociedade dos Poetas Mortos.
O poema declamado pelo personagem é de Henry David Thoreau.
** Este foi foi originado do post:
http://sharreldevaneios.blogspot.com/2009/06/fui-floresta-porque-queria-viver.html
*** Momento do Jabá:
Cerda de 1 mês atrás apresentei esse filme a um amigo que adorou.
O blog dele é: http://sharreldevaneios.blogspot.com/
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Cata o teu sonho
Fazemos parte de uma utopia
Tem aquele que se esquece
O sentido da vida,
Cego, não vê o chão
Vida vivida, mas por nós nada desejada
Essa vida por ninguém criada,
Nada tem de fantasia.
Tem aquele que se esquece
Não chega a lugar a nenhum
E por mais que o apresse
Até o gritam, mas como sempre
Ele sempre emudece.
O sentido da vida,
é vida sem sentido
Surdo para tudo
Nada por ele é refletido
Cego, não vê o chão
Pensa que sabe onde caminha
Solo, por ele não entendido
Vive em vão
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