sábado, 25 de junho de 2011

Um Quarto Vago

Sempre tive curiosidade do que me impulsiona a escrever. Acho que esperei algum tempo pra descobrir. Esperei o tempo de felicidade acabar. Esperei ver como era o mundo lá fora e me sentir triste.

Esperei você chegar. Esperei você ir. Chegada e partida, uma tão rápida quanto a outra. Quando eu vi o que antes era lindo, se foi.

Eu me fui também. Assim como em muitas vezes eu vim. Dessa vez me fui. Me fui não quero voltar. Não quero voltar para mim. Não quero voltar para você.

Quero o branco total. Quero ver nada quando estiver de olhos aberto. Já fiquei cega por minha culpa. Ja fui cega por tua culpa. E agora, nada quero ver. Nem você.

Teu mundo é para mim. O meu jamais o pertencerá. E agora só quero o meu mundo. Onde você não quer, não sabe e não pode estar. Tranquei minhas portas e janelas, vou esquecer.

Esquecerei a brecha que abri. Abri de bobagem e de bobeira deixei que você visse essa fresta. Por ela você viu que estava tudo tão vago e cheio de poeira. Mas para que faxinar um cômodo que não irá usar.

Se vá. Deixei-me na alcova que criei para mim. Nela criei o conforte que me fizeste perder. Deixa-me. Quero procurar novamente o que perdi. Deixa-me encontrar o conforto da minha solidão.