terça-feira, 11 de maio de 2010

Me amor eu invento para me distrair

Acho que é clichê falar de solidão. Também pudera, na época em que somos contabilizados como meros números que somos. Ao menos se eu fosse um número par. Talvez estivesse mais satisfeita. Bem mais. Com certeza. Cansei de ser número ímpar. E estar sempre no final da fila, sempre na frente do nada. Não tenho em quem dar o tapa, muito menos o beijo. Sou sempre o bobo no final da fila.

Me esforço pra sair da inércia sentimental. Mas, sei lá. É meio estranho procurar e nunca ser encontrado por ninguém. Algo meio contraditório. Já sonhei até acordada com o dia da "felicidade". Mas cadê que o responsável por ela aparece. Já sei! Você pensa: "somos os responsáveis pela nossa própria felicidade". Ainda estou pra ver alguém conseguir ser feliz sozinho! É nada. O ser humano é muito sociável. Aqui eu posso falar, afinal o espaço é meu. Estou louca pelo meu menino!

Ele precisa aparecer. Quem sabe me olhar e me ver. Ahh meus queridos leitores fantasmas, você devem estar achando que sou mais uma adolescente lunática com um amor platônico qualquer. Faz-se valer a informação que tenho vinte e poucos e que o amor platônico foi o único que encontrei pra sentir. "Tava" muito chato e triste não sentir nada.

Já reparou que quando não sentimos nada, perdemos o foco dos nossos dias. E que quando sentimos alguma coisa fica fácil guardar na memória qualquer momento. E quão maravilhoso é quando sabemos ao menos uma notícia dessa pessoa. Não pensem de forma alguma em um amor "à lá adolescência", tipo pelo carinha mais velho, ou pelo vizinho que é casado. Isso séria clichê demais. Muito mesmo. E depois ainda seria uma pessoa muito próxima. O amor platônico é mais forte quando a pessoa é de longe. Sim ghost readers, ele é de longe, ele é impossível, ele é tudo. Ele é a multi-peça do tetris que quando chega resolve o jogo. A peça que nunca aparece. E quando aparece ficamos tão nervosos em acertar que erramos na nossa estratégia de vitória.

Por isso ele é platônico.

Olha como sou esperançosa, começo falando de solidão e acabo no amor.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Abrindo as cortinas para olhar a janela da minha vida,
Vi que muitas coisas se passaram e eu nem sequer notei
E sinceramente eu não me importo, já passou mesmo
Também não faço a mínima questão que voltem
E se voltarem não me esforçarei para revivê-las de modo diferente.

Deixei pra lá a tal da felicidade e do bem-estar comigo mesma
Nunca conheci coisas similares e vivi até hoje
Continuarei então, a sobreviver até o fim
No final de tudo, o que levamos pra nós?

Nada. Nós nunca levamos nada.
E se bobear nem a escolha de pó ou cinzas teremos.
A escolha é de quem fica. A herança da lembrança também.
Sou egoísta. Admito. Desisti de mim mesma.


Art do post: Leaving by toinjoints

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Je suis une fleur?

Quelquefois je regarde le ciel
et vois que el temps passe trop lent
Les nuages sont mortes, gris
Le hiver arrive dans mon coeur

Je ne sais pas qui suis moi
Peut-être suis une fleur détaché dans jardin
Ou seulement un épine seul
Je sais que pouvois être tout

La douleur ne ferme pas plus ma bouche
Je parle, crie, crache tout mon pensées
Ça m’est égal le monde
Je découve dans moi une folle


Ilustração: Hapinness by toinjoints

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Eu sou meu espelho


Descobri na minha solidão
Uma pessoa para acompanhar-me
Tinha alegria, talento e garra
Acima de tudo entendia meu coração

Abraçava-me com o carinho
O carinho que eu tinha perdido
O Carinho que eu procurava
E que em ninguém mais encontrava

Difícil foi encontrar esse alguém
Uma pessoa que gostasse tanto de mim
Andei para muitos lados
Encontrei um espelho e fim!


Ilustração: mirror y ~i-Riya