Claro, eu poderia mudar. Contudo, minha essência ficaria para trás. Aquilo que me faz sentir diferente de qualquer outro. O que me difere, o ritmo raro da música da minha vida ficaria no sótão do meu ser. Eu não quero isso.
Posso dizer que sonhos não realizados para outras pessoas são motivo de grande frustração. Para mim, são alimentos da imaginação. Não posso, não devo e não vou deixar de sonhá-los jamais. Choro por eles quantas vezes for. Até desisto de realizá-los.
Mas, deixar de sonhá-los, jamais.
Ouço muitas pessoas falarem sobre si mesmas. Dizem já ter feito centenas de auto- análises. Mas nenhumas delas sentiram o próprio interior. Não sentiram quem realmente eram. Não viram as próprias peculiaridades. Aquelas que só o nosso microscópio interior é capaz de ver.
Sei que é impossível alcançar a plenitude. Longe de mim querer ser um novo profeta deste século. E registro aqui, que a metade das loucuras que sonho, não são para serem realizadas. São apenas para serem sonhadas e fazerem com que meu coração bata cada vez mais forte e mais acelerado.
Deixar de sonhá-las, jamais.
Acordo todas as manhãs e vivo um dia cheio. Cheio de tudo. E dentre todos os acontecimentos, parar e lembro-me dos meus sonhos impossíveis. Sinto a textura, vejo a cor e os respiro a cada instante. Oxigeno meus pulmões com suas substâncias lúdicas e sonho que um dia podem ser reais.
Deixar de sonhá-los? Jamais.
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