Sempre aprendi na faculdade que quanto maior a interação entre os indivíduos mais comunicação é gerada. E dentre tantas interações acrescentei uma palavra nova no meu dicionário – solitude.
Na hora este verbete me foi definido como: “a capacidade de se estar só, mas mesmo assim bastar a si mesmo”. Nem preciso dizer que quando cheguei em casa a primeira coisa que fiz foi catar a bendita palavra no meu dicionário. Na minha procura toda hora me vinha à cabeça “estou sozinha sim, mas com solitude”, longe de mim descordar do sentimento de outrem sobre si mesmo. Eis que na minha caça à nova palavra vi que era sinônimo de solidão.
Solitude, solidão...
Agora vamos pensar, desde quando solidão é uma coisa boa. Então deixei o significado real da palavra para escanteio e pensei na definição que me deram. E aí veio mais uma parte da conversa na minha mente: “eu não preciso de ninguém, tenho solitude”. Sim, é uma coisa confusa e nada poética quando se sabe o real significado da palavra. Deixo claro, antes de concluir meu texto, que esse papo de universitárias divagando sobre seus sentimentos entre uma aula e outra é complicado de entender mesmo.
Quando fui argumentar, até a evolução de Darwin entrou no nosso papo. “As girafas tem seus pescoços maiores hoje do que foram algum dia. Isso aconteceu pela teoria da evolução, elas se adaptaram ao ambiente hostil em que viviam, você sabia disso?”. Pode parecer engraçado para quem está lendo, mas imaginem ouvir uma coisa dessas quando o assunto é do campo emocional! Imediatamente pensei: “não serei como as girafas, não vou modificar nada em mim simplesmente por que vivo em um ambiente hostil”. A conversa durou horas, e nela também pude perceber que o brilho no olhar de quem falava ia mudando (pra pior). Cada vez que era repetido: “tenho solitude” – o olhar ficava mais, como posso dizer, ranzinza.
E foi por essa percepção que decidi que não quero ter a tal de solitude com seu alter-significado. Se as girafas decidiram se modificar fisicamente, ótimo para elas. Prefiro escolher a solidão para mim. Não importa até quando vá a sua validade. Se eu, simples homo sapiens tenho validade, a solidão que é sentida por mim também terá! E, enquanto a vida útil dela durar, vou curtindo cada sensação por ela proporcionada, é só o que resta mesmo.
3 comentaram:
Muito bom seu novo blog participo do grupo blogosfera do yahoo.
Dê uma pssadinha no meu, se gostar podemos trocar links.
Um Abraço,
Silvinha
http://mosaicodapsicologia.blogspot.com
Fiquei muito feliz, em ver que você não quer a tal solitude. Tudo tem seu tempo, cabe a todos nós aguardamos com paciência, e pode ter certeza que a validade desta solidão já está expirando.
A vida nos proporciona a necessidade de mudança, mas não é porque vivemos em um "ambiente hostil" que devemos mudar, e sim por que a cada dia aprendemos algo novo e acrescentamos novos pensamentos ao nosso cérebro.
O ambiento pode afetar a forma como as mudanças vão ocorrer nas nossas vidas, porem sempre tente manter os princípios intactos.
“Mudar é bom, principalmente quando é para melhor”
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